Sinopse
Através de um donativo a partir de 12 euros a uma das instituições de solidariedade social a anunciar, tem direito a um convite para assistir ao Ensaio Geral Solidário do programa Noite Stravinski, no dia 28 de abril de 2022, às 20h, no Teatro Camões.
Ao contribuir para esta causa, será entregue um recibo de donativo, ao abrigo da Lei do Mecenato, para efeitos de dedução fiscal.
SOBRE O ENSAIO GERAL SOLIDÁRIO
O Ensaio Geral Solidário — EGS — é uma iniciativa inédita da CNB iniciada em 2011 por Luís Moreira, ex-bailarino da Companhia, e que tem sido realizada praticamente em todos os ensaios gerais da CNB. Em cada espetáculo, apresentado no Teatro Camões, a CNB oferece o ensaio geral a instituições de solidariedade social, proporcionando não só um momento de união entre os públicos e as causas sociais como as condições necessárias à angariação de fundos que ajudem as instituições a alcançar os seus objetivos.
A ligação da cultura à solidariedade, a mobilização da sociedade civil em torno de causas sociais e os resultados obtidos nos últimos anos dão-nos a certeza que este é um projeto que faz sentido continuar a desenvolver. Ao longo de dez anos, apoiámos mais de uma centena de instituições que têm escolhido a CNB para sua companhia nas causas solidárias em torno da dança.
SOBRE NOITE STRAVINSKI
Igor Stravisnki (1882-1971) é um dos nomes maiores da música do século XX.
Estudou direito e piano, antes de se dedicar por inteiro à composição.
Mestre nas distorções, do vocabulário e princípios do sistema tonal, as suas obras, tão geniais como perturbadoras, tornaram-se referências em bailados, óperas, oratórias, concertos, sinfonias, entre outros etc.
O início da sua carreira está intimamente ligado aos Ballets Russes de Diaghilev, Companhia para a qual compôs algumas das suas peças para dança mais conhecidas, como: O Pássaro de Fogo, Petrouska, a Sagração da Primavera, As Bodas ou Apollon Mousagette. Trabalhou ainda de perto com o coreógrafo George Balanchine com quem estabeleceu uma cumplicidade maior através de um diálogo artístico constante.
Neste programa, homenageamos o compositor que tanto contribuiu para o desenvolvimento da música do século XX, assim como para a dança, pela forma como inspirou artistas, coreógrafos, intérpretes e o público. Através de coreografias de Vaslav Nijinski e Mauro Bigonzetti, percorremos obras maiores que são exemplo da sua genialidade.
A SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA
A estreia de A Sagração da Primavera, a 29 de maio de 1913, provocou um dos maiores escândalos que há memória na estreia de um espetáculo. Tanto a partitura como a própria coreografia, que foi desenvolvida sobre a música, representaram uma ruptura com os cânones anteriores. Toda a obra era uma novidade para o público o que provou não só opiniões divergentes como um verdadeiro tumulto dentro do Thèâtre des Champs-Élysées. Gritos, discussões, uivos e até troca de murros são descritos por muitos dos que assistiram a esta estreia tão peculiar. Consta que o barulho produzido por estes tumultos era tanto que os próprios bailarinos tiveram dificuldade em ouvir a música. Esta reação ao espetáculo teve uma dimensão tão grande que a polícia foi chamada a intervir. Adorada por uns, repudiada por outros, acabaria por ser retirada do repertório da Les Ballets Russes de Diaghilev e consequentemente remetida ao esquecimento.
Com um libreto desenvolvido por Igor Stavinski e Nicholas Roerich e inspirado na cultura eslava pagã, A Sagração da Primavera evoca um ritual de culto a Yaralo, deus da fecundidade eslavo. Esta obra, que não segue uma estrutura narrativa, divide-se em dois atos: A adoração da terra e O sacrifício.
No primeiro ato, diferentes grupos de homens e mulheres praticam rituais, através de movimentos ritmados e dinâmicos. Todos eles representam diferentes grupos etários (adolescentes, jovens, adultos) de uma comunidade.
No segundo ato, um grupo de donzelas dança num círculo ininterrupto. A primeira a vacilar deverá sacrificar-se pela sua comunidade, dançando até à morte.
Apesar de renegada e esquecida, A Sagração da Primavera, viria a tornar-se um marco da história da dança. Em 1987, e após anos de pesquisa, Milicent Hodson e Keneth Archer estreiam no Joffrey Ballet a reconstrução desta obra de Vaslav Nijinski, que se encontrava praticamente perdida e, em 1994, a mesma passa a fazer parte do repertório da CNB.
INTERMEZZO
Criada para um pequeno número de casais, a Suite Italienne é um ballet “concencertante”. O termo “concencertante” é utilizado no seu significado literal: entidades individuais, que respiram independentemente, desenvolvem-se e invadem-se umas às outras graças à contínua troca de temas que surgem e, consequentemente, trazem consigo uma harmonia contínua.
AS BODAS
As Bodas é um bailado abstracto e formal com movimentos precisos e rígidos que dão à peça um aspecto quase estatuístico. Nele explora-se uma visão académica e estética da beleza.
Ficha Técnica
A Sagração da Primavera | |
Vaslav Nijinski | Coreografia |
Millecent Hodson | Reconstrução coreográfica |
Igor Stravinski | Música |
Igor Stravinski e Nicholas Roerich | Argumento |
Nicholas Roerich | Cenários e Figurinos |
Kenneth Archer | Reconstrução cenográfica e figurinos |
El Duplo | Desenho de luz |
Orquestra de Câmara Portuguesa | Interpretação Musical |
Pedro Carneiro | Direção musical |
Companhia Nacional de Bailado | Produção |
Intermezzo | |
Mauro Bigonzetti | Coreografia |
Igor Stravinski | Música |
Carlo Cerri | Desenho de luz |
Companhia Nacional de Bailado | Produção |
AS BODAS | |
Mauro Bigonzetti | Coreografia |
Igor Stravinski | Música |
Carlo Cerri | Desenho de luz |
Kristopher Millar, Lois Swandale | Figurinos |
Nicola Lusuardi | Supervisão dramatúrgica |
Fabrizio Montecchi | Cenário |
Companhia Nacional de Bailado | Produção |
Elencos
Bailarinos e Bailarinas da CNB | Interpretação |